domingo, 14 de dezembro de 2014

Resenha: Clipes Sem História/ Masterpiece/ Something In The Water

  Uma coisa que sempre me faz cair em discussão com outras pessoas que também curtem música é sobre a qualidade dos clipes. Existem clipes que são verdadeiras obras de arte, enquanto outros são puro lixo comercial. Me lembro de uma vez discutir sobre clipes com história (aqueles que tem uma historinha, tendo ligação ou não com a letra da música) e clipes sem história (os que são simplesmente o cantor ou banda se apresentando, sem muita produção). Já fui muito criticado por detestar clipes sem história, mas fazer o quê se estes geralmente são uma grande bosta? Sim, EXISTEM clipes sem história que são lindos. NÃO, não necessariamente todo clipe sem história é ruim. Mas por favor, vamos manter o senso do ridículo na hora de julgar o que é bom e o que não é só porque sua diva fez um desperdício de vida disfarçado de clipe. Lembram daquilo de separar o teu gosto da realidade em geral? Pois então. Quantos artistas que eu gosto começaram a cagar clipes desesperadamente gritando por audiência? Não é tão difícil de admitir. Por isso resolvi fazer uma pequena resenha de dois clipes que não possuem histórias mas que são um grande exemplo de clipes bons. E se você me conhece e está lendo isso, espero que entenda de uma vez por todas porque eu vou odiar pra sempre This Is How We Do da Katy Perry! (Risos) O primeiro é o recém lançado Masterpiece, da Jessie J, e o segundo é Something In The Water da Carrie Underwood, que já foi lançado faz um tempinho (em 6 de Novembro), mas que eu já estava louco pra escrever sobre nesse Blog faz tempo.




  Acabei de conferir o clipe novo da Jessie J, Masterpiece. Eu particularmente não sou muito fã do novo álbum, Sweet Talker, porque acompanho a Jessie desde o Who You Are e comparado a seus dois álbuns anteriores, este deixa muito a desejar. Senti que ela deu uma mudada. Jessie não está mais tão sincera como antes e honestamente me parece que ela se vendeu um pouco para a indústria. Os dois primeiros singles, Bang Bang e Burnin' Up, foram bons trunfos mas parece que falta alguma coisa na gravação: o toque especial e sincero do interior da Jessica Cornish. Mas os objetivos foram atingidos: as duas músicas venderam medianamente e divulgaram o álbum. Porém não fizeram tanto barulho quanto Price Tag e Wild, por exemplo. O lance é que o álbum em si não chamou a minha atenção. Lembro das sensações de quando eu escutei o álbum Alive pela primeira vez. Não foi um sucesso de vendas, e ainda foi muito mal aproveitando com apenas 3 singles lançados, mas foi com certeza um dos mais sinceros. Dá praticamente pra sentir que as músicas vieram diretamente da veia mais importante do coração de Jessie. E pra mim, particularmente, é isso que importa num álbum, e não suas vendagens, porque no fim das contas é isso que vai fazer a diferença na minha vida. Uma música que tem significado pode te fazer curar, te fazer melhorar, te ajudar a seguir em frente. Uma música sem significado e projetada para vender é apenas um barulho. Não consegui sentir isso no Sweet Talker. Talvez a Jessie devesse ter continuado no Reino Unido ao invés de se mudar para os Estados Unidos, não sei. Sinto que ela perdeu um pouco da sua vibe de "não perca quem você é" nessa mudança de ambiente. Mas o álbum não é de todo tão ruim, existem algumas outras músicas que merecem ser divulgadas (Se quiserem conferir, pesquisem por Keep Us Together, Get Away e You Don't Really Know Me). Masterpiece é um grande exemplo.

  Confesso que fiquei bem satisfeito quando ela anunciou como terceiro single. Não tenho muito o que dizer do vídeo. Ela foi bem sincera tentando mostrar a pressão que é lidar com o mundo artístico (podemos ver uma Jessie bem mais ousada também, com roupa de baixo à mostra e tudo!). No final, as cenas com os fãs são a grande "masterpiece" do clipe. Ali eu pude ver a Jessica Cornish que eu não encontrei em Bang Bang e Burnin' Up e eu estava com medo de que ela pudesse ter ficado presa pra sempre em Thunder. Mas enfim, vale à pena conferir o vídeo, especialmente pela letra da música. E é claro, ela está maravilhosamente linda, como sempre. Esse cabelo longo realmente valorizou sua imagem! Me lembro até hoje quando ela raspou a cabeça pra caridade e disse para os que estavam desesperados que ela fosse perder seu cabelo todo: "Cabelo cresce!". Pois é Jessie, sua sinceridade será SEMPRE a sua masterpiece!



  A primeira vez que assisti o clipe de Something In The Water eu fiquei em choque do quanto a Carrie, uma menina simples de Chicotah, do pequeno estado de Oklahoma conseguiu evoluir tanto em tão pouco tempo. O clipe é bem simples, mas junto com a letra da música, passa uma emoção tão forte que eu não consegui conter as lágrimas. É muita arte misturada, e de uma qualidade tão grande, que é impossível não se emocionar. A letra da música é daquelas que te coloca no chão de tão bem escrita, começando por aí. Depois, seguido da Carrie, linda como sempre (e gravidíssima de seu primeiro filho), dublando com uma emoção que só ela sabe passar (sua experiência como atriz realmente lhe rendeu muito mais atributos na hora de representar sua música). E depois os dançarinos. Mas ah, os dançarinos. Nunca vi coisa tão maravilhosa em dança quanto essa dança na água. Não que eu já não tivesse visto esse tipo de apresentação antes, mas em conjunto com uma música expressiva desse nível foi a primeira vez. Todas as cenas, sem exceção, são cenas maravilhosas e emocionantes. Por fim, sempre acabo doando uma lágrima na parte do "coral" atrás dela, perto do fim do vídeo. A mensagem é simplesmente maravilhosa. Não tem como explicar, só assistindo mesmo e sentindo. Eu não poderia estar mais encantado e orgulhoso da Carrie. Quando terminei de ver, me veio um flash de "ISSO SIM É UM CLIPE SEM HISTÓRIA DE VERDADE!". Porque dá pra sentir o que ela quer dizer. Este vídeo é arte puríssima, em sua mais que refinada e completa forma de ser apresentada.



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