sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Review: Glee - The Hurt Locker

  Eu sabia que em algum momento eu me decepcionaria com a Sexta Temporada de Glee.

  Fiquei muito chateado com a escolha de músicas do episódio que vai ao ar hoje, e também com a tracklist do episódio de semana que vem, que será uma continuação do de hoje. Acho que estando na reta decisiva e bem perto do fim, os produtores poderiam ter escolhido músicas melhores e mais significativas, e mais conhecidas também. Já vi comentários de vários Gleeks dizendo que "poderiam ter escolhido alguma música em que sabemos cantar pelo menos uma linha". Sem contar que o quarto EP veio com apenas quatro músicas, o que significa que talvez o episódio também só possua quatro performances. Honestamente, eu esperava muito mais dos últimos episódios da série. Existem tantas músicas boas esperando para serem performadas e lembradas! E que com certeza dariam um conteúdo enorme pros episódios. Mas enfim, vamos à resenha.

  O EP começa com um cover de Bitch, clássico da cantora Meredith Brooks, cantado por ninguém menos que Jane Lynch (Sue Sylvester). Jane é um gênio em tudo que faz, seja atuar, fazer comédia, ou até mesmo cantar, mas todos sabemos que mesmo que ela saiba cantar, não significa que ela seja exatamente uma cantora. A versão ficou boa, mas não é exatamente o tipo de música que eu colocaria no IPod porque eu sei que por mais que seja um bom trabalho, eu não sentiria vontade de escutar e ela ficaria lá, ocupado espaço por muito tempo. Thousand Miles de Vanessa Carlton é a segunda música do EP, interpretada por Lea Michele (Rachel) e Chord Overstreet (Sam). Pra mim é a melhor de todas, até porque essa música se tornou um marco na história da comédia por causa do filme As Branquelas, onde Terry Crews eternizou a música com suas performances de dança amalucadas. E é justamente sobre isso que se trata, na minha não tão humilde opinião como fã: comédia. Porque convenhamos: que porra que os produtores da série têm na cabeça de tornar Rachel e Sam um casal? Isso não existe no mundo normal, minha gente! Já sinto meus vômitos quando o episódio for ao ar hoje mais tarde. As duas últimas músicas do EP, Rock Lobster da banda The B-52's e Whipe It da banda Devo, são cantadas por Max George (Clint do Vocal Adrenaline), ex-The Wanted. Não tenho muito à dizer sobre a voz de Max, não sou um grande fã mas também não tenho nada contra. Ele está "fine" pra mim. Mas achei os covers completamente chatos. Como eu disse, desperdício de música na reta final. Só resta esperar pra que as performances sejam boas.




  Deixe sua opinião nos comentários abaixo enquanto Glee segue para o seu ponto final!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Review: Glee - Jagged Little Tapestry

  Ter um episódio da minha série musical favorita dedicado à mulher que mudou a história da música nos anos 90 e é uma das maiores influências na minha vida é indescritivelmente emocionante. Aquele sentimento no fundo do peito que você nem sabe o nome. Quando eu soube que Glee faria um episódio cantando músicas da minha querida e adorada Alanis Morissette, eu pensei "finalmente!". É muito bom ver coisas que você tanto queria ver acontecendo. Coisas que você meio que usou seu lado artístico pra "prever". Como quando eu ouvi The Words da Christina Perri pela primeira vez, imediatamente imaginei a música emocionando o mundo inteiro, e ganhando um clipe digno de uma semana de choro e depressão em casa (risos). Assim eu vi Glee tendo que homenagear a artista mais influente da década de 90. Alanis já foi citada em uma das temporadas quando Santanna (Naya Rivera) disse que You Oughta Know era sua música favorita, e a sexta temporada foi inaugurada com um cover magnífico de Uninvited por Rachel (Lea Michele). 

  O episódio de hoje acabou de terminar e foi magnificamente lindo. Não vou comentar dele em si porque esta é a resenha do EP, não do episódio, mas o que posso adiantar é que Kurt (Chris Colfer) e Rachel estavam conversando sobre álbuns que falam de coração partido. Kurt preferia Tapestry de Carole King e Rachel preferia Jagged Little Pill, de Alanis. Os dois então decidiram que um MashUp dos dois álbuns seria a lição a ser ensinada naquela semana no Glee Club. Surgiu então a semana Jagged Little Tapestry.






  O álbum começa com um cover de Carole King, It's Too Late, cantado por Kurt e Blaine (Darren Criss). Achei que as vozes se encaixaram bem, mas embora eu seja Klaine shipper pra sempre, não gosto muito dos dois cantando juntos. Acho meio chato. A voz de Chris é muito aguda, e por vezes se torna chata (ainda assim eu amo e estou sempre ouvindo as músicas solos dele na série), e o Darren possui muito do "estrelismo" de dominar todos os tons principais das músicas. De qualquer jeito, ficou um ótimo cover, porque Glee nunca decepciona. A segunda música, mashup de Hand In My Pocket com I Feel The Earth Move, Alanis e Carole respectivamente, interpretada por Santanna e Brittany (Heather Morris). Heather tem me surpreendido muito nessa última temporada porque seus vocais realmente melhoraram muito. Pra quem só cantava música completamente editada por programas de correção de voz, como as de Britney Spears, o que ocasionava uma edição maior de sua voz, Heather provou ser um verdadeiro talento. Amei a voz dela na parte em que canta "I feel the earth move", e já tinha percebido essa evolução desde a performance de Problem. Naya é brilhante como sempre, nunca decepciona e mostrou-se um dos maiores talentos do elenco da série, tanto em voz, como em atuação e dança. Alerta de spoiler: A cena em que elas cantam esse mashup é uma cena muito esperada por Brittanna shipers! A próxima música, mashup de Will You Love Me Tomorrow com Head Over Feet, The Shirelles e Alanis respectivamente, é interpretada por Jane (Samantha Ware) e Mason (Billy Lewis Jr.). E não é que esses newbies estão arrasando nas músicas novas? Fiquei surpreso em como a voz de Billy pode ser melhor ouvida nessa música, e em como é suave e consistente. Achei que ele seria mais um desperdício de espaço, como Kitty (Becca Tobin) era no início da quarta temporada da série. Quando Billy entrou na música cantando "I had no choice" eu corri pra procurar e ver se era ele mesmo que cantava a música, e não Darren, porque a voz ficou idêntica! Samantha também não decepciona, mas isso todos já tínhamos constatado com a performance de Tightrope. A quarta música, So Far Away, de Carole King, é interpretada por Quinn (Dianna Agron) e Tina (Jenna Ushkowitz). Nunca havia visto as duas cantando juntas na série antes, foi a primeira vez. Parece que pra essa última temporada os produtores estão apostando em combinações de duetos nunca tocados antes, e eu estou adorando. Achei que as vozes das duas casaram perfeitamente numa performance emocionante e serena. A última música, finalmente, You Learn com You've Got A Friend, Alanis e Carole respectivamente, é o mashup final do episódio, performado por Rachel, Santanna, Kurt, Brittany, Quinn e Tina. Não tenho palavras pra dizer o quanto amei a combinação das duas músicas. You Learn é uma das minhas músicas favoritas de todo o mundo, e a vibe dela combinada com You've Got A Friend simplesmente a complementou para uma performance ainda mais especial. Vocais impecáveis, e uma cena incrível.

  Glee vem nos surpreendendo a cada novo episódio. O que será que podemos esperar da próxima semana?

Ouça Heartbeat Song, Novo Single De Kelly Clarkson!

    Era pra eu ter feito uma review sobre essa música desde o dia em que ela saiu (nessa última segunda feira, dia 12 de Janeiro), mas tem feito tanto calor todos os dias que fica praticamente impossível de se concentrar pra escrever. Peço desculpas aos leitores.

  De qualquer jeito, vamos ao ponto: KELLY CLARKSON ESTÁ DE VOLTA!


  Nossa American Idol número 1 liberou a nova música bem cedinho, na manhã do dia 12. Assim que eu comprei a música no Itunes e ouvi, fui tomado por uma energia maravilhosamente boa. Kelly é capaz de nos fazer sentir tão bem com sua voz, que aliás, cada vez mais se prova ilimitadamente poderosa! Não consegui tirar a música do repeat por um bom tempo!

  Heartbeat Song é uma música mista, iniciada pelo refrão e com uma base Uptempo. É como se fosse divida em dois tempos: um rápido, e um normal, de acordo com o metrônomo. É uma música pop com sintetizadores e contra-baixo destacado, além da batida em si. Mas o que mais se destacam são os vocais e o estilo de letra. A crítica recebeu a música com entusiasmo, destacando-a por seu refrão "grudento" e pela performance vocal de Kelly. Jason Lipshutz da revista Billboard deu à música 4 de 5 estrelas, e Rebecca Macatee do canal E! disse que "Kelly Clarkson está de volta e melhor do que nunca". Maggie Malach do site PopCrush também fez uma crítica positiva, dizendo o seguinte: "A música é atual - sério, nós podemos ouví-la junto com algumas faixas do 1989 (De Taylor Swift) - mas não há dúvidas de que é um single da Kelly Clarkson e é isso o que nós amamos sobre ela: ela não tem medo de ser si mesma".

  A parte mais surpreendente é que a letra não fala sobre términos ou corações partidos, como estamos acostumados a ouvir de Kelly. Muito pelo contrário! Se trata da felicidade de um coração de ter encontrado alguém muito esperado. Algo tão grande, que ela anuncia que é a música da batida de seu coração, algo que ela havia esquecido há muito tempo de como "aumentar". Trataria-se de Brandon Blackstock, seu marido e grande paixão, ou de sua primeira filha, River Rose (que todos nós sabemos que é o bebê mais fofo de todo o Universo)? Seja lá pra quem seja a música das heartbeats de Kelly, é uma homenagem linda e sincera. Duvida? Confira abaixo!



  É muito bom ver que a Kelly está fazendo um novo som sobre seu momento feliz. Junto com o novo single, foi revelado o nome e a data de lançamento do sétimo álbum de estúdio da cantora. Piece By Piece será liberado em Março deste ano. Quem está ansioso? EEEEEEEEEEEEEU!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Review: Glee - Loser Like Me E Homecoming EP

  Em poucas horas, os dois primeiros episódios da sexta e última temporada de Glee serão liberados! Algumas pessoas "convidadas" já assistiram e nos revelaram vários detalhes, mas não vou estragar a surpresa de ninguém tão perto da exibição! Só que como estou com uma ansiedade IMPOSSÍVEL de se controlar, resolvi fazer um review dos dois EPs dos episódios de última hora. Espero que gostem!



  O primeiro EP do primeiro episódio, ambos intitulados Loser Like Me, tem uma capa bem simples como já se esperava. Achei o nome um pouco batido, afinal eles já fizeram duas grandes coisas com essa música: ganharam as regionais na segunda temporada e trouxeram a harmonia de volta à sala do coral na quinta temporada, no episódio New Directions quando Tina (Jenna Ushkowitz) dizia se sentir ainda como uma "Big Loser". Mas ainda não assisti o episódio, então tenho certeza que existe uma boa razão para trazerem o nome de volta à tona. Provavelmente porque (ALERTA DE SPOILER) o programa de Tv de Rachel (Lea Michele) fracassou, ela teve que retornar para Ohio, onde descobriu que seus pais haviam se divorciado. A primeira música do EP (e provavelmente a primeira do episódio), Uninvited de Alanis Morissette, cantada por Lea, já deixa bem claro que as coisas vão começar bem amargas. Lea como sempre arrasando com as versões originais, embora seja praticamente impossível performar uma música da Alanis melhor que a própria, adicionou uma extensão vocal no último trecho de "an unfortunate slight" que tornou a canção ainda mais potente. A música seguinte, Suddenly Seymour do elenco de Little Shop Of Horrors, é interpretada por Darren Criss (Blaine) e Lea. Com uma letra inspiradora e positiva, acho que podemos esperar uma performance emocionante da mesma. A terceira música, Sing, sucesso de Ed Sheeran (AAAAAAAAAAAAAAAAAH!), foi creditada à Darren e aos Warblers, o coral adversário da escola Dalton, mas o nome do ator que canta boa parte dos trechos da canção não aparece [Odeio quando fazem isso, tive que salvar o nome do arquivo como sendo uma música somente do Darren]. Reproduzindo os instrumentais com a voz do jeito que só os Warblers sabem fazer, a nova roupagem de Sing ficou bem à lá Glee, do jeito que já estamos acostumados. Esta foi a PRIMEIRA performance liberada oficialmente pelo canal oficial de Glee no Youtube, só pra deixar todos nós com um gostinho do que vem por aí. Confira abaixo!

                                     

  Como Darren nunca nos decepciona e sempre canta impecavelmente, dou destaques pros falsetes altos de Ed reproduzidos com maestria. A quarta canção, Dance The Night Away do nosso eterno Van Halen é interpretada por Max George, ex-The Wanted, que fará uma participação na série como uma das estrelas do coral rival, Vocal Adrenaline. E finalmente, a tão esperada Let It Go, sucesso mainstream do último musical da Disney, Frozen. Interpretada por Lea, a versão do seriado foi aclamada por muitos críticos, inclusive pela própria Idina Menzel (que fez Shelby, a mãe de Rachel na série), original intérprete da canção. Eu nem tenho o que dizer sobre essa parte. Lea faz tudo que faz com perfeição e sem falhas, e com essa música não seria diferente. Ontem o vídeo da performance foi liberado (e eu quase passei mal de tanto surtar), e eu não poderia esperar nada menos que uma apresentação simples e carregada de simbolismo e emoção. Me impressionou e me tocou profundamente. Confiram!

                                       


  O segundo EP também foi intitulado com o nome do segundo episódio, Homecoming.




  O EP já começa com uma homenagem DESTRUIDORA ao A-ha e seu clássico Take On Me, com todo o elenco original da primeira temporada da série performando juntos! Eu acabei de checar a performance, que também foi disponibilizada no canal oficial da série no Youtube, e eu nunca imaginei que eles fossem chegar tão longe à ponto de reproduzir o clipe com perfeição e originalidade! Quando achei que Glee não pudesse ser melhor, eles me provaram o contrário!

                                      

  Nas duas próximas músicas, Tightrope e Mustang Sally (de Janelle Monáe e Wilson Pickett, respectivamente), podemos ouvir as novas vozes presentes nos New Directions nessa sexta temporada. Interpretados por Samantha Ware (Jane) e Noah Guthrie (Roderick), já é perceptível que as performances serão muito bem feitas. A quarta canção, Home (Phillip Phillips?) de Edward Shape And The Magnetic Zeros é interpretada pelos New Directions, antigos e novos membros, todos unidos em uma versão maravilhosa da música que eu estou particularmente viciado. Mas o verdadeiro coringa do EP (e do episódio provavelmente) é a versão de Problem, sucesso de Ariana Grande, na voz de Naya Rivera (Santanna), Heather Morris (Brittany), Kevin McHale (Artie) e Dianna Agron (Quinn). Pessoas que já assistiram o episódio nos revelaram que é a performance mais "lacradora" já lançada, o que é compreensível, porque só com o áudio você já percebe que eles estão nos preparando uma surpresa incrível, e uma performance surpreendente. 



  Ufa! Escrever realmente faz o tempo passar mais rápido! Os episódios serão exibidos à meia-noite, horário de Brasília. Achei um site de live stream do canal Fox Network direto dos Estados Unidos em que a série será exibida, e a melhor parte, grátis. Clique aqui para acessá-lo. E por ser grátis, podemos acessá-lo para assistir os episódios toda sexta-feira e acompanhar até o final! 

  Vamos lá, Gleeks! Hoje começa uma nova era para nossa querida e amada série! Ainda que seja a era final (lágrimas, desespero, gritaria e pirraça no chão), é mais uma era em que podemos acompanhar e fazer parte! 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Novidades De Avril Lavigne E Kelly Clarkson A Caminho!

  Avril Lavigne acabou de publicar em seu Twitter oficial notícias sobre uma possível música nova! A cantora, que esteve doente nos últimos meses e ninguém ainda sabe o porquê ou com o quê, escreveu que estava usando sua própria (e nova) música para "ajudar a atravessar isto", e logo depois postou um trecho do que pode ser a ponte da canção chamada Fly.



  
  Avril retweetou algumas mensagens de fãs e disse que escreveu a música há um tempo atrás para sua própria fundação de caridade, a The Avril Lavigne Foundation, que ajuda crianças com necessidades especiais. Ela também disse que está ansiosa para compartilhar a música logo para apoiar as Special Olympics. O trecho da música diz "Apenas suba, não desista até que você tenha tocado o céu. Apenas suba, não desista até que você tenha percebido que nós fomos feitos para voar". Inspirador não? Mais informações dizem que a música foi escrita por Avril, Chad Kroeger (seu marido e vocalista da banda Nickelback) e David Hodges (Ex-Evanescence, que já trabalhou com cantoras como Christina Perri, Colbie Caillat, Kelly Clarkson, Lea Michele, além da própria Avril). #BreakwayFeelings

  Eu particularmente sei que essa música vai ter um significado enorme pra mim. Primeiro porque sou fã da Avril desde que ela começou, e já vai completar 13 anos de "devoção". Segundo porque toda essa coisa de voar é especial pra mim, tanto que tenho uma pena tatuada no pulso esquerdo, porque costumo pensar que a minha alma é a alma de um pássaro. Prevejo lágrimas da minha parte quando a música for liberada. (Risos)

  E falando em Kelly Clarkson e Breakway (maior sucesso da Kelly, escrito por Avril), a cantora também anunciou novidades para esse mês, dessa vez com data marcada! A equipe da cantora postou ontem (7/1) em seu Twitter oficial: "Kelly está de volta. #HeartbeatSong 12.1.15" e um pequeno vídeo anunciando a canção.



E há 4 horas atrás, também liberaram a capa do single:




  Mal posso esperar por ambas as canções, até porque já tive minha fase de KCFan. Parece que foi dada a largada para as novas músicas de 2015! Que seja um ano produtivo para a indústria, e para Avril e Kelly também!



Review: Sia E Seu Polêmico Elastic Heart

  Como todos sabemos, Sia é uma artista incomum. Ela parece uma daquelas pessoas que ficam enfurnadas em seus próprios mundos, falando sobre coisas que o resto não entende, fazendo coisas que as outras pessoas não têm interesse, mas que quando abre a boca pra cantar, fazem todos os outros que vivem em uma realidade diferente entenderem em uma língua só. A prova disso são os sucessos cantados não só na voz dela, mas na voz de muitos artistas por aí. O talento da mesma pra compor flui tão naturalmente que eu acho um absurdo seus próprios álbuns e vídeos não serem tão famosos. É até engraçado quando vou abrir minha biblioteca no Windows Media Player e digito "Sia", aparecem trilhões de álbuns de outros artistas antes de aparecerem os dela - pelo fato de seu nome estar na composição, produção e até na participação de muitas outras músicas. Eu organizo artistas por patamar, e coloco a Sia no mesmo de nomes como Jessie J, Ryan Tedder do OneRepublic, Skylar Grey, Taylor Swift e outros, que movem a indústria da música do jeito deles, criando pros outros mesmo que às vezes o seu próprio trabalho não seja tão prestigiado.

  Com seu mais recente álbum, 1000 Forms Of Fear, Sia Furler vem quebrando alguns tabus da música atual. Okay, não aparecer em clipes não é tão incomum, vários artistas o fazem, mas cantar de costas para o público e não mostrar o rosto para deixar sua dançarina e sua voz em destaque foi uma atitude que me surpreendeu, como na performance de Chandelier no programa Dancing With The Stars. Ela também criou uma reprodução ao vivo do clipe da música no Ellen DeGeneres Show.

Chandelier ao vivo no Dancing With The Stars

  Pois bem. Ontem foi liberado o vídeo para Elastic Heart, seu novo single. Eu ainda não tinha assistido quando meia tonelada de reviews apareceram sugerindo que o clipe fazia apologia à pedofilia apenas pelo simples fato de dois atores de idades bem distintas estarem se relacionando por meio de dança no mesmo. Houve até pedido de desculpas da própria cantora em seu Twitter oficial, dizendo que sua intenção era criar um conteúdo emocional, não chatear ninguém. No vídeo, os ator Shia LaBeouf, de 28 anos e a atriz/dançarina Maddie Ziegler, de 12, interpretam dois lados aparentemente opostos de uma batalha emocional intensa. Eu consegui relacionar os dois na história contada na canção. Uma mulher que não consegue mais confiar em ninguém, machucada, pronta para atacar qualquer um que chegue perto a ponto de tocar suas feridas, e um homem tentando quebrar suas defesas. Mas isso é o óbvio. Já li interpretações bem mais profundas que a minha sobre o vídeo nos próprios comentários na página oficial do mesmo, em que Shia e Maddie são lados opostos da consciência de Sia e que essa interpretação faz referência à época em que a cantora era viciada em bebida e analgésicos e considerou suicídio, chegando até mesmo a escrever uma nota suicida. 


  O vídeo é sim intenso, mas está longe de ser apológico à uma coisa tão banal quanto a pedofilia. Todos sabemos que a arte não tem limites, e que o talento de alguns artistas vai além do compreensível. Eu já havia ficado impressionado com a interpretação da pequena Maddie no clipe de Chandelier e nas apresentações ao vivo que assisti. Ela é tão nova e já tem uma interpretação tão genial que é capaz de deixar qualquer ator principiante com inveja. E sou suspeito pra falar qualquer coisa do Shia porque sou um fã confesso. Sua atuação no vídeo fala por si só, e como comentário pessoal, a cena final dele preso na gaiola em lágrimas sem poder sair me provocou um desespero absurdo. Porque é isso que grandes atores fazem: te seduzem e te fazem sentir o que eles querem que você sinta, independente da sua vontade. Sia só fez o certo: uniu dois ótimos pra criar uma obra de qualidade.

  Acho a polêmica extremamente desnecessária e fora de contexto. Algumas pessoas estão tão ocupadas com a própria infelicidade que precisam criticar tudo - criticar no sentido de humilhar, não de falar sobre, como estou fazendo - para se sentirem satisfeitas e completas. "Já dei a minha opinião, tá tudo uma merda, agora que falei algumas verdades vou caçar outra coisa pra detestar". É assim que as vejo. Não conseguem encontrar nenhum ponto bom em nada. E não importa o quanto você seja bom, ou o quanto você se esforce, elas estarão lá, apenas esperando pela oportunidade de te devorar vivo. Minha visão sobre o clipe: a mesma que tive sobre o clipe de Something In The Water da Carrie Underwood, já citado aqui no PND. Pura arte. Não precisa de muito pra se expressar o que se sente quando se tem uma boa música tocando e uma coreografia impecável acompanhando. No caso da Carrie, ela quer passar esperança e força. Na Sia, tristeza e rompimento. Sentimentos diferentes seguindo a mesma linha de expressão. Toda essa confusão acabou me obrigando a acessar o Twitter e dizer o que eu pensava para ela. Tive que dizer pra ela não se desculpar por se expressar do seu próprio jeito, afinal sentimentos não exteriorizados se tornam doenças para a própria pessoa. Sem contar que TODOS temos o direito de nos expressarmos, e o direito de sermos respeitados. Como costumo dizer, ninguém "merece" meu respeito. É minha obrigação respeitar o próximo, eu concordando com ele ou não. Se vou segui-lo em sua maneira de pensar, aí que é entra minha decisão. Ah, também tive que agradecê-la por fazer o Shia aparecer todo suado e só de cueca de graça pra nós, porque convenhamos, não é uma coisa que se vê todo dia (Risos). Sem mais delongas, confira você mesmo e deixe sua opinião nos comentários:

 
                                 


  *Nota: Esta postagem foi um pedido da minha leitora e amiga Jéssica Sousa. Muito obrigado por complementar o Punk N Disorderly com sua sugestão, Jess!