sexta-feira, 22 de maio de 2015

Música Boa Que Ninguém Conhece, Parte 1

    Fala galera do PND! Já faz um tempinho, mas estou de volta! Tá a fim de conhecer músicas novas e sair um pouco da mesmice? Dá uma lida aqui embaixo!

  Primeiramente, quando digo "novas" é porque eu nunca havia escutado nenhum desses artistas antes deste presente ano de 2015, e se ouvi, não me lembro. Pois bem: já faz um tempinho que estou querendo fazer essa postagem. Primeiro porque eu amo "música boa que ninguém conhece". Segundo porque eu amo apresentar "música boa que ninguém conhece" pra quem não conhece e terceiro porque eu gosto de estar sempre divulgando esses talentos inexplorados (e na maioria das vezes, mal valorizados). Afinal, se tem uma coisa que me tira completamente do sério é artista sem um pingo de talento estar na mídia, ganhando reconhecimento (e dinheiro, claro) quando tanta gente boa é simplesmente apagada e desconhecida, sendo que esses artistas desvalorizados geralmente tem TANTA coisa boa pra oferecer que eu fico impressionado no quanto a vida pode ser injusta. Ouço gente dizendo que a pessoa pode não saber cantar ou compor, mas que sabe interpretar, ou dublar, e que isso é talento também. Okay, cada um possui habilidades únicas que nos torna especiais, mas quando isso começa a interferir no que deveria ser a indústria da música e não é, se torna um problema. Música é comercial, sempre será comercial, isso é um fato. Mas eu ainda acredito que música seja sentimento, emoção. Que a música pode te evoluir em tantos jeitos diferentes que sou altamente dependente dela pra conseguir se quer viver. Eu preciso de música pra dar conteúdo aos meus sentimentos, aos meus momentos. Preciso de música pra me dar o que eu preciso quando eu preciso. Inspiração, coragem, força, uma direção pra onde seguir. Música consegue extrair completamente a essência de quem eu sou e do que eu tenho a oferecer ao mundo. Música, assim como o amor, é uma força superior. Então pra mim, é muito mais do que auto-tune, letras escritas por 20 pessoas diferentes na intenção de vender e bundas chacoalhando em um videoclipe. E não tem nada mais gratificante pra mim do que encontrar artistas que me provem que eu não estou errado, por isso listei algumas das minhas mais recentes descobertas, de artistas e músicas que definem totalmente o meu conceito de "música não-comercial". Espero que gostem!


Gabrielle Aplin



  Conheci a Gabi quando estava assistindo a última temporada de Skins, uma série britânica muito famosa e polêmica com fãs por todo o mundo. Sua música Start Again foi o tema de encerramento da história da minha personagem favorita, e consequentemente acabou virando a minha música favorita da mesma. A letra fala perfeitamente sobre algo que eu pessoalmente estou muito acostumado a lidar: recomeços. Já fica a dica pra quem estiver à procura da mesma coisa.

Start Again


  Rapidamente fui ao Youtube procurar mais músicas dela, e me deparei com o vídeo de Home. Eu ainda fico surpreso em como não existe uma música que tenha a palavra "home" no título e que não seja boa (Exemplos de artistas quem tem: Phillip Phillips, Michael Bublé, Edward Shape And The Magnetic Zeros, Skylar Grey, Evanescence, Switchfoot, James Blunt, OneRepublic, Lady Antebellum, Dierks Bentley e mais uma lista infinita), e como eu consigo gostar de TODAS. Mas o que me chamou a atenção na Home da Gabrielle foi o fato dela ter tornado realidade um dos meus sonhos no clipe, que é o de colocar o pé na estrada, sem destino, sem data pra voltar, sem me importar com as consequências (o que eu ainda espero poder fazer um dia). O vídeo carrega tanta essa essência que me emocionou profundamente na primeira vez que vi - o que foi o suficiente pra me fazer procurar TUDO sobre ela. A música em si é um carinho na alma cada vez que ela canta que "lar é onde seu coração está gravado em uma pedra". Não é todo lugar que podemos considerar como nosso lar, aquele que nós realmente sentimos que seja, por isso pra pessoas como eu que estão longe de casa e sentem tanta falta que chega a doer, essa música é um consolo pro coração aflito. 


Home


  O estilo de Gabrielle pode ser considerado folk, mas você consegue ouvir muitos elementos de pop e blues misturados. A voz suave, doce e delicada são sua marca registrada, mas o que mais chama a atenção são suas letras poderosamente sinceras e poéticas. Desde assuntos como relacionamentos à superação pessoal, você consegue sentir que aquelas palavras vieram direto de seu coração. E é TÃO BOM saber que hoje em dia ainda existem tais cantoras, que compõe suas próprias músicas e compartilham todos seus sentimentos através de puro talento, que eu fico um pouco mais esperançoso que algum dia esse tipo de artista será mais superestimado e que vão cansar de consumir essa quantidade de lixo comercial que temos hoje em dia no mundo da música.

  A cantora possui até agora um álbum de estúdio, intitulado English Rain, cujo o qual é um dos meus vícios atuais porque eu sou apaixonado por absolutamente TODAS as músicas e todas possuem algo que me chamam a atenção. Dou destaque para Panic Cord, Keep On Walking, Please Don't Say You Love Me, Salvation, Alive Start Of Time na versão standard e Wake Up With Me na versão deluxe. Vale conferir também o cover incrível de The Power Of Love da banda Frankie Goes To Hollywood. Você pode ouvir o cd inteiro no Youtube clicando aqui. Ela também tem 4 Eps no currículo e um segundo álbum em produção com data de estreia para 18 de Setembro desse ano, intitulado Light Up The Dark. Ainda esta semana no dia 18, a cantora lançou o primeiro single de mesmo nome. A música me chamou muito a atenção porque parece ser bem mais produzida do que suas primeiras gravações. Os vocais estão mais carregados de agudos, e o instrumental está mais completo. Parece que em pouco tempo ela cresceu bastante musicalmente, e isso é lindo de se acompanhar. Confira:


Light Up The Dark


  Gabrielle também emplacou suas músicas em séries como The Vampire Diaries Teen Wolf.



Lucy Rose



  Assim como a Gabrielle, também conheci o trabalho da Lucy a partir de Skins. Me apaixonei por Don't You Worry no momento em que ouvi. Lucy tem um estilo bem parecido com o de Gabrielle, porém um pouco menos carregado em instrumentos. Na minha visão, ela prefere investir no clássico voz e violão, o que faz com maestria. Com batidas simples mas letras carregadas de sentimento e uma voz suave e aparentemente frágil, suas masterpieces são suas baladas, como Shiver


Shiver

  A cantora possui um álbum de estúdio lançado em 2012, chamado Like I Used To (que eu inclusive sou apaixonado pela capa, essa coisa de misturar música com estrada simplesmente me fascina!). Destaques para Don't You Worry, First e Be Alright na versão standard e Scar e Gamble na versão deluxe. Seu segundo álbum, Work It Out, está marcado para estrear dia 6 de Julho deste ano. Ela já lançou duas músicas que potencialmente estarão na gravação, Like An Arrow e Our Eyes. Ambas mantêm a leveza dos vocais de Lucy, mas possuem um estilo mais carregado em instrumentos do que em seu primeiro álbum. Confira:


Our Eyes


  Ela também emplacou músicas em outras séries, como The Vampire Diaries, assim como Gabrielle. Meu cérebro já fez uma conexão automática das duas quando as conheci, porque as duas possuem o mesmo estilo de vocais, o mesmo estilo musical, colocaram músicas nas mesmas séries e estão lançando novos álbuns na mesma época. Eu sinceramente adoraria uma parceria entre as duas, tanto em composições quanto em vocais.


Jessie Ware



  Meu primeiro contato com ela foi quando ouvi a trilha sonora de Fifty Shades Of Grey (você pode ler minha resenha sobre a mesma clicando aqui), mas à primeira vista ela não me chamou muito atenção porque achei a música Meet Me In The Midle bem desconexa com o resto do álbum. Mas ela me ganhou de uma vez quando ouvi Say You Love Me tocando em na série Looking. Não tem uma vez que eu não escute essa música e não sinta arrepios subindo pela minha espinha. Com uma letra absurdamente profunda e penetrante e vocais poderosos (complementados com os backing vocals de ninguém menos que Ed Sheeran, co-compositor da canção), eu poderia compará-la à The Words da Christina Perri. Aparentemente, elas não tem nada a ver uma com a outra, mas ambas falam sobre aquele pequeno e curto momento que é você estar apaixonado e se dar conta disso, e estar muito feliz e ao mesmo tempo completamente aterrorizado por isso e não fazer a mínima ideia de como contar para a outra pessoa. 


Say You Love Me


  Jessie já possui um álbum no currículo, intitulado Devotion, e agora está seguindo trabalho com seu sucessor, Tough Love. Com músicas extremamente românticas e poderosamente escritas por ela e outros co-compositores, o álbum tem uma pegada totalmente diferente de Gabrielle Aplin e Lucy Rose. Diferente das duas, que puxam o estilo de pop para o folk, Jessie puxa para o Soul, cantando com sua voz forte e potente, sem muito da suavidade citada antes. Vale a pena conferir além de Say You Love Me, Cruel, Pieces e Champagne Kisses. E é claro, uma das músicas mais lindas que já ouvi na vida, You & I (Forever). A música é tão carregada de verdade que quase te faz querer ter alguém eterno só pra dedicá-la e sentir na realidade tudo que ela fala sobre. Mesmo quando você é daqueles que acha que não precisa de ninguém.


You And I (Forever)



Rae Morris




  Completando a minha lista, também descobri a Rae Morris através de Skins, cantando um encerramento ÉPICO de temporada que me deixou largado no chão chorando compulsivamente por uns 10 minutos (risos). Ainda não tive tempo pra viciar no Unguarded, seu álbum de estreia lançado em Janeiro deste ano, mas indico para quem gosta de pop experimental. Na verdade, não ter tempo não é bem a palavra, eu diria "não tive saco", porque embora eu ultimamente prefira música calma e carregada de sentimentos, não absorvi o feeling do álbum. A única que eu realmente ouço é Don't Go [AVISO: NÃO OUÇA SE VOCÊ NÃO ESTIVER NUM BOM MOMENTO. NÃO QUERO FAVORECER O SUICÍDIO ALHEIO, PORQUE O QUE ESSA MÚSICA TEM DE LINDA ELA TEM DE DESTRUIDORA DE BEM ESTAR], mas não deixo de colocar a Rae aqui na lista porque sua voz e seu talento pra compor merecem ser conhecidos, afinal não é porque eu não senti uma ligação imediata que outras pessoas não sentirão. Quem sabe eu consiga me conectar com sua música mais tarde. De qualquer jeito, ainda prefiro ver ela ganhando prêmios do que essas esquisitonas que cantam músicas sobre o próprio rabo. Nada contra, é claro, porém prefiro músicas que falam sobre coisas com mais significado. É tipo, "o que falar dessa Rae que mal conheço mas já considero pakas?"


Don't Go


  Não pude deixar de reparar no fato das quatro cantoras serem britânicas. Eu não ouvia muito de música britânica, e de repente apareceu essa revolução na minha vida esse ano. Acho que eu posso me acostumar! Mas essa não é a maior semelhança entre as quatro. O que elas têm em comum é o fato de serem compositoras incrivelmente brilhantes, cantoras exímias e artistas dignas que merecem uma posição maior de destaque na indústria. Sempre que surgirem essas surpresas no meu caminho eu vou divulgar aqui no Blog. E, você? Também é fã de "música boa que ninguém conhece"? Deixe sua sugestão nos comentários, e compartilhe esta postagem para que outras pessoas também possam conhecer coisas novas e sair dessa mesmice! Obrigado por lerem e até a próxima!

3 comentários: